A Criação
A história do Chelsea Football Club começa no outono de 1904, quando o empresário Henry Augustus Mears teve a brilhante idéia construir um grandioso estádio em Londres, cidade esta que ainda não apresentava equipe alguma na primeira divisão nacional. O local de criação já estava definido. Seria em Stamford Bridge, onde se encontrava um campo de atletismo.
Em pouco tempo, Mears recebera uma bela proposta pelo terreno. Esteve perto de aceitar e desistir de seu sonho esportivo. Felizmente, foi convencido por seu amigo Frederick Parker. A criação do Chelsea não estava prevista. Na época, foi feita uma proposta ao Fulham para abandonar Craven Cottage e migrar para o novo estádio. Nada feito.
O início das atividades
Surgiu então a idéia de criar um time para o estádio, e não ao contrário como é costume. No dia 10 de março de 1905, em um pub que hoje é chamado “The Butcher’s Hook”, discutiu-se o nome da nova equipe. Stamford Bridge FC, Kensington FC e London FC, todos foram rejeitados. Unânime foi a escolha por Chelsea FC.
O escocês Robertson foi escolhido para comandar a equipe e bons jogadores foram contratados. Rejeitados pela Liga Sul, o Chelsea fora jogar na Liga Norte. Nem precisou rolar a bola. Em maio do mesmo ano a Football League convidou o clube para a segunda divisão nacional.
O sucesso do Chelsea foi quase que imediato. Em uma partida contra o Manchester United, cerca de 67 mil pessoas lotaram o Stamford Bridge. Na segunda temporada de sua história, foi promovido à primeira divisão. Nesta época, grandes jogadores vestiram a camisa azul como Willian Foulke (o goleiro gordo), George Hilsdon (o metralhadora) e o artilheiro Jimmy Windridge.
A Primeira Final e a Morte do Criador
Na segunda década do século XX o Chelsea foi relegado à divisão inferior, mas retornou rapidamente. Apesar de todas as dificuldades decorridas da Primeira Guerra Mundial, pela primeira vez na história, chegaram a uma final da FA Cup, perdida para o Manchester United, por 3×0.
Guss Mears faleceu em 1912 e não chegou a acompanhar as 3 finais de FA Cup que foram realizadas em seu estádio, antes da criação do Wembley. Os anos seguintes não foram dos melhores para o Chelsea. Rebaixamento em 1924 e retorno à elite apenas em 1929.
Mesmo com reforços e uma animadora goleada de 6×2 em cima do Man Utd, o primeiro ano da volta do clube não terminou bem, assim como nos anos seguintes. Alguns jogadores abandonaram o clube, que sempre lutava para não ser rebaixado.
Ao final da segunda guerra mundial, Stamford Bridge estava salva. Loucos por uma partida de futebol, fãs de todos os lados lotaram o estádio para acompanhar o amistoso entre Chelsea e Dínamo Moscow. Apesar dos 75 mil ingressos vendidos, acredita-se que cerca de 100 mil pessoas estavam presentes. O placar final foi 3×3.
Reformulação e 1º Título Inglês
Os anos 50 começaram bem para o Chelsea. Duas vezes semifinalista da FA Cup, perdendo para o Arsenal nas duas oportunidades. Mas o verdadeiro marco na história do clube foi a contratação do técnico Ted Drake. Ele chegou e arrumou a casa. Em uma de suas decisões mais polêmicas, excluiu o apelido do clube de “The Pensioners”.
Drake escolheu dedo a dedo seus jogadores e seu bom trabalho logo rendeu frutos. Na penúltima rodada do campeonato inglês de 1955, vencendo o Sheffield United fora de casa, o Chelsea sagrou-se campeão nacional pela primeira vez em sua história.
Anos de crise
Quatro anos após o triunfo europeu, o Chelsea foi rebaixado novamente, totalmente endividado. Com vários gestores em poucos anos, o clube foi obrigado a vender Ray Wilkins ao Manchester United para sanar algumas dívidas.
Longas temporadas foram gastas na segunda divisão e sem meios de pagar seus jogadores, o clube foi vendido para Ken Bates, que pagou o valor simbólico de 1 libra. O empresário, então, começou a trabalhar fora de campo e pouco pode fazer quando a equipe quase foi rebaixada para a terceirona.
Em 1983, jogadores como Pat Nevin e Kerry Dixon foram contratados. O acesso foi rápido e fácil. Nas temporadas seguintes, ótimas colocações até que quatro anos mais tarde, o rebaixamento assombrou o clube mais uma vez. Problemas com promotores imobiliários quase fizeram o clube perder o estádio Stamford Bridge.
O recomeço
De volta à elite e com os cofres balanceados, os Blues precisavam de um diferencial que desse potência à forma da equipe jogar. Surgiu então a idéia de trazer o astro Ruud Gullit para Londres. Também foram contratados Mark Hughes e Dan Petrescu. Usando a influência do holandês, o clube conseguiu a aquisição de Gianlucca Vialli, Roberto Di Matteo e Frank Leboeuf.
Com tantas estrelas na equipe, a próxima a chegar seria o futuro maior ídolo da torcida azul: Gianfranco Zola. A forma de jogar da equipe era outra. Um futebol brilhante que conquistou a Copa da Inglaterra mais uma vez, no ano 2000.
Também foram conquistados a Taça Coca Cola e o bicampeonato da UEFA Cup Winners Cup. Com a saída de Gullit, Vialli assumiu a equipe e logo trouxe os jogadores Gustavo Poyet, Celestine Babayaro e Tore Andre Flo.
Anos dourados
Seguiram-se as chegadas de Marcel Desailly e Jimmy Floyd Hasselbaink, pelo valor recorde de 15 milhões de libras. Na primeira participação do clube na UEFA Champions League, uma comemorada quartas-de-finais, quando foram derrotados pelo Barcelona.
No começo do novo século o Chelsea terminou a reforma/construção de Stamford Bridge. Já com Cláudio Ranieri no comando, foram contratados Frank Lampard, Emanuel Petit, Gronkjaer, Zenden e Gallas.
A Era Abramovich
Em 2003 o clube é comprado por Roman Abramovich, que logo de cara trouxe Glen Johnson, Wayne Bridge, Géremi, Verón e Damien Duff. O ponto negativo foi a partida de Zola rumo à Itália.
Com resultados pouco satisfatórios, Ranieri é sacado e para seu lugar chega José Mourinho, então campeão da Champions League com o Porto. Mais de 100 milhões de libras são gastos nas contratações de Paulo Ferreira, Tiago, Ricardo Carvalho, Petr Cech, Robben, Drogba e Kezman. O primeiro ato de Mourinho no comando foi dar a braçadeira de capitão a John Terry.
Com o elenco recheado de estrelas, o Chelsea chega a dois títulos seguidos de Premier League, em 2004/05 e 2005/06. As participações na Champions League eram constantes, mas a equipe nunca passara das semifinais.
Em setembro de 2007 é chegado o fim do casamento Chelsea/Mourinho. Avram Grant, diretor de futebol, assume a equipe e surpreendentemente a leva a primeira final de Champions League da história do clube, fatalmente perdida para o Manchester United, nos pênaltis.
Luís Felipe Scolari e Guus Hiddink comandaram a equipe na temporada seguinte, que terminou apenas com uma conquista de FA Cup.
Começa então a Era Ancelotti. Logo na primeira temporada, a inédita conquista do Double (Premier League e FA Cup) e uma frustrada participação na Champions, com eliminação precoce nas oitavas de finais para o futuro campeão Inter de Milão.
Após a temporada seguinte sem títulos, Ancelotti é demitido e assume André Villas-Boas, ex-treinador do Porto.
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